O ciclo 2023/24 da agricultura brasileira está tendo que conviver com elemento ingrato, a mosca-branca. A pressão da praga já foi muito alta durante a soja na safra de verão e depois se espalhou para as culturas subsequentes como o algodão safrinha e o feijão, chegando até mesmo a preocupar os produtores de milho, cultura que não é o hospedeiro principal do inseto.
De acordo com Paulo Garollo, Fitotecnista e Especialista Para Cultura do Milho na Fitolab, os padrões de clima já apontavam a perspectiva de que a pressão da mosca-branca seria maior em 2024, porém os níveis foram ainda maiores do que o esperado.
“O El Niño, com calor e menos chuva, torna as pragas mais presentes, além de encurtar o ciclo dos insetos e aumentar a capacidade reprodutiva deles. Houve um avanço muito expressivo da praga na cultura da soja, algo histórico, nunca houve tanta pressão”, avalia.